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China e demanda interna mantém bom momento da soja
As cotações de óleo e farelo de soja e do grão seguem em patamares recordes nominais em muitas regiões do Brasil.
Conforme divulgado no boletim informativo do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), a demanda brasileira pelos derivados de soja continua aquecida. No caso do óleo os pesquisadores dizem que a demanda vem especialmente de produtores de biodiesel, já levando por sua vez o setor alimentício ter dificuldades na aquisição do mesmo produto.
Processadoras nacionais têm intensificado as aquisições de soja em grão, uma vez que poucas têm estoques suficientes para o próximo semestre. De junho para julho, o preço médio do óleo de soja negociado na cidade de São Paulo subiu expressivos 13%, a R$ 4.292,14/tonelada em julho (com 12% de ICMS incluso), o maior valor nominal da série do Cepea, que iniciou em julho de 1998.
Os valores do farelo de soja registram recordes nominais nos municípios de Campinas (SP), Campo Grande (MS), Chapecó (SC), Ijuí (RS), Itumbiara (GO), Maracajú (MS), Mogiana (SP), Rio Grande do Sul (RS), Passo Fundo (RS), Rio Verde (GO) e Santa Rosa (RS).
Já no mercado internacional, a T&F Consultoria Agroeconômica aponta que as indústrias esmagadoras de soja da China tiveram uma reviravolta acentuada na última semana de Julho, preenchendo a maioria de suas compras semanais de carga de grãos para 2021 no Brasil e diminuindo significativamente o ritmo de compra nos EUA em meio a dificuldades diplomáticas entre americanos e chineses.
De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, a soja brasileira vive momento de pleno interesse no mercado internacional, pois na última semana foi registrado um total de 939 mil toneladas da oleaginosa saindo do Brasil, contra 153 mil na Argentina e 445 mil nos Estados Unidos.
Data: 07/08/2020